Experiência Praias Selvagens
Vista do topo sentido primeira parada na Praia Funda

A trilha das Praias Selvagens é uma atividade para amantes da natureza, com disposição para caminhadas em trajetos irregulares, buscando lugares distantes d0s grandes centros, aglomerado de pessoas e com grandes recompensas ao longo dos trechos. Localizada na zona oeste do Rio, dentro do Parque Estadual da Pedra Branca em Barra de Guaratiba.

O percurso tem média de 8.5km e pode ser feito em 6 horas ou mais, tudo vai depender do tempo de parada em cada praia e habilidade como trilheiro, quando feito em grupo, é necessário respeitar o limite de cada pessoa.

Parte interna da trilha dentro do parque

Minha experiência foi individual / privativo, contatei uma guia maravilhosa (nossa parceira) com conhecimento vasto da região, aliás, uma trilheira apaixonada pelo local. O percurso iniciou com  traslado saindo da minha casa, seguimos até o inicio da trilha, onde a guia nos aguardava (existem outras formas de chegar, mas com carro privativo, individual ou em grupos é a opção mais viável e prática).

Existem dois percursos, caminhada iniciando pela praia do Perigoso, ou pela Praia do Inferno, foi por onde comecei a minha (Inferno). A trilha em alguns momentos é bem íngreme, tem áreas escorregadias com pedras e galhos de arvores, denominada como nível moderado, indicado para pessoas com um mínimo de preparo físico, sem problemas de locomoção.

Confesso que boa parte de todo trecho, foi aliviado pela expertise da guia, com paradas rápidas para descansar, dentro do meu ritmo, ao mesmo tempo contando sobre o mapeamento da trilha feito através da Transcarioca, (projeto onde ligam as unidades de conservação do Rio) e algumas curiosidades locais.

Praia Funda

Observei que existe um descaso com o lixo pela trilha, garrafas plásticas, embalagens de comidas, vidro e etc, principalmente chegado próximo as praias, então, seja consciente e retorne com tudo que levar. A prática de camping é proibida, mas encontramos algumas barracas por lá.

Baía com vista para a Praia do Inferno

A média de caminhada até a Praia Funda é de 50/60min. Conforme fomos nos aproximando da praia, a vegetação vai alterando e aumentando o cheirinho da maresia, primeira fase concluída com sucesso. Seguimos ao canto esquerdo sentido a Praia do Inferno, uma baía pequena com ondas fortes e deserta, faz jus aos nomes selvagem e Inferno.

Pedra da Lua

No caminho entre as duas praias (Funda e Inferno), passamos pela Pedra da Lua, uma intervenção na rocha, criando várias crateras parecidas com a lua, onde pode tirar fotos com ilusão de ótica, o resultado é bem engraçado.

A Praia Funda é praticamente deserta. Encontramos algumas pessoas que acampam por ali, adeptos do camping selvagem como já expliquei acima. Parada obrigatória para um mergulho merecido. Depois de toda caminhada, entendi como o prêmio recompensa, a sensação é maravilhosa.

Vista de cima para a Praia do Meio

Seguimos para a próxima, agora a trilha é feita vista mar, continua íngreme, porém mais fácil e o visual ajuda bastante.

Praia da meio, na minha opinião a mais bonita, é a maior de todas as cinco, com faixa de 350m areia clarinha e mar transparente, na mesma situação das outras, encontramos pouquíssimas pessoas. Outro mergulho, descanso e rumo ao próximo destino a Praia do Perigoso.

Subida no início da trilha para a Praia do Perigoso

A trilha tem um início que parece bem desafiador, uma subida feita com a ajuda de uma corda. No início achei perigoso, depois percebi que era bem mais fácil que imaginei, continuamos a caminhada pela rocha, que acredito ter sido uma das partes mais complicadas porque é bem escorregadia e com bastante inclinações, então todo cuidado é pouco.

Praia do Perigoso
Vista da Pedra da Tartaruga

 

Praia do Perigoso a mais famosa, é linda como todas as outras, só me decepcionei com o caminho da chegada, bastante lixo, praticamente sem vegetação pela prática de camping e aglomeração de pessoas, bem normal nos finais de semana.

O local tem algumas lendas urbanas, como do antigo morador que era chamado Perigoso, um ermitão que viveu anos por lá, sua casa continua em pé, como registro.

 

Uma subida bem rápida entre as pedras e encontrei o famoso balanço para fazer fotos instagramáveis, fato, “o pano de fundo” é único, vale a pena registrar o momento.

E não paramos por aí, já que estávamos por lá, subir a Pedra da Tartaruga (quando avistada de baixo seu desenho tem formato do animal) era um dever. Um morro a mais não iria fazer diferença, e valeu muito a pena, a vista é infinitamente linda, uma calmaria, todo o cansaço desapareceu era só sentar e admirar. Descemos a pedra, na verdade acredito ser um pouco pior descidas do que subidas, enfim, chegamos na última praia.

Praia das Conchas

Praia das Conchas, a menor de todas, coberta por pedras, para entrar precisa ter cuidado para não machucar os pés. Foi eleita como última visita estrategicamente, ao lado esquerdo da praia ela criou uma piscina natural abastecida pela água do mar e perfeita para relaxar.

Barra de Guaratiba

Hora de voltar para casa, são mais 1,5km de trilha dentro da vegetação nas mesmas condições da vinda, até o ponto final na praia da Barra de Guaratiba.

Para finalizar a experiência, bem cansada, de toda a aventura, o transfer de retorno já me aguardava. Esse é um momento onde agradeci bastante pela comodidade, era só entrar no carro sem precisar me preocupar com mais nada.

Um detalhe bem importante, como a região é conhecida pela culinária de frutos do mar, uma parada no restaurante Tropicana não poderia faltar. Os pasteizinhos de camarão são simplesmente maravilhosos.

Fim da Experiência – Praias Selvagens, interessou?

Só entrar em contato para montarmos um roteiro para você, pode ser feito por partes, somente algumas praias, respeitando seu limite e tempo para a atividade. Personalizamos o passeio da forma que preferir.

Informações importantes:

O percurso de carro tem média de: da Barra 40 min e da Zona Sul 1h10min. Isso depende do trânsito e local exato do ponto de partida. Podem contratar serviços de carros executivos ou ir com o próprio veículo.

Pode ser feito via ônibus BRT que saem a partir do metrô Jardim Oceânico, com baldeações entre estações, até ponto final. Depois é necessário mais uma condução até o ponto de início da trilha em Guaratiba.

Carros de aplicativos não são indicados, por tratar-se de uma região distante muitas vezes é difícil encontrar motoristas para retornar.

Como já diz o nome, praias selvagens/desertas, não existe nenhum tipo de comércio, então a mochila precisa conter itens importantes, que possa carregar pelo trajeto sem ser incômoda e pesada. Principais: água, pequenos lanches, protetor solar, repelente, canga, chapéu ou boné, máquina fotográfica e um saco para retornar com seu lixo, a natureza agradece bastante.

Usar roupas leves e confortáveis, além de tênis antiderrapante, a trilha possui bastante obstáculos, com terreno desigual;

O guia é essencial, principalmente se não conhecer a região, eles são profissionais experientes que conhecem todo o procedimento;

O passeio foi feito em dia de semana, que é mais tranquilo, sem aglomeração de pessoas. Precisa acordar cedo para aproveitar. Caso queira seguir a dica gastronômica, os restaurante fecham cedo, a grande maioria às 17:00;

 

Contatos

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